Todo sintoma cumpre uma função

Nada é meramente acidental, e cada sintoma que surge em sua vida carrega consigo um significado profundo. A verdadeira pergunta que você deve se fazer não é “como posso me livrar disso?”, mas sim “por que eu precisei disso?” Qual é a função desse sintoma na minha existência? Ele é, na verdade, uma expressão da minha liberdade, uma resposta que encontrei para atravessar uma situação existencial que me desafia.

Sartre nos ensina que, como seres livres, somos responsáveis por dar significado às nossas escolhas, e os sintomas não são exceção.
Eles surgem como resultados das decisões que tomamos em nossa busca por sentido, como uma tentativa de enfrentar um problema sem, muitas vezes, termos plena consciência disso.
O sintoma não é o problema em si, mas um reflexo de uma questão mais profunda que precisa ser identificada.
Não podemos tratar o sintoma de forma superficial, pois, enquanto a raiz não for enfrentada, o sintoma apenas se transformará em outro.

Essa é a essência da existência: a luta constante para assumir a responsabilidade pela nossa liberdade e pelas escolhas que fazemos, até que um dia, ao invés de reagirmos automaticamente, possamos olhar para dentro e questionar nossas necessidades reais. Isso exige coragem para confrontar a nossa própria verdade e a constância de quem busca o autoconhecimento.
A jornada é sem volta, pois, ao reconhecermos nossa liberdade, nos tornamos conscientes de que somos os únicos responsáveis por dar sentido à nossa própria existência.

Fez sentido pra você? Curte, comenta e compartilha com aquela pessoa que faz muito sintoma.

Aline Andrade
Psicóloga Clínica