Você corre, se ocupa, se distrai… mas o silêncio ainda te assusta mais que a correria.

Olha para a sua rotina. Você consegue passar horas resolvendo coisas, respondendo mensagens, indo de uma tarefa para outra. Mas quando sobra um minuto sem barulho, sem distração, você corre para preencher. Liga a TV, abre o celular, inventa uma ocupação qualquer.
No fundo, não é falta de tempo. É medo de sentir. Porque na pausa o corpo começa a falar: o cansaço que você empurra, a ansiedade que você disfarça, a insatisfação que insiste em aparecer. É nesse vazio que as perguntas inconvenientes surgem: por que você continua nesse lugar? Até quando vai insistir nesse papel? O que você está adiando olhar?
Você se acostumou a acreditar que parar é perda de tempo. Mas a verdadeira perda é viver correndo para não encarar a si mesma. Até onde essa fuga vai te levar?
Eu conheço esse incômodo do silêncio que parece maior do que qualquer barulho.

Já me vi ocupando cada minuto para não escutar o que ecoava dentro de mim. Na terapia, o silêncio não é um inimigo: ele se torna caminho. Eu posso te ajudar a sustentar esse vazio até que ele revele algo novo, e não apenas mais uma fuga.

Aline Andrade Psicóloga Clínica