Você provavelmente já viveu isso: dizem que você é forte, que dá conta, que todo mundo pode contar com você. E você sorri, aceita, veste esse papel como se fosse um elogio. Mas no fundo, sabe que não é bem assim.
Porque ser “forte” tem custado caro. Você aceita tarefas que não cabem, diz sim quando queria dizer não, sorri para não decepcionar. E quando finalmente está sozinha, seu corpo mostra a conta: dor nas costas, insônia, palpitação, cansaço que não passa.
Você pode até enganar os outros, mas o corpo não mente. Ele sabe de cada vez que você ultrapassou seu limite, de cada vez que sacrificou seu descanso para sustentar uma imagem.
Quem você está tentando convencer com essa força toda? E até quando vai pagar com a própria saúde o preço de parecer inabalável?
Eu já senti na pele o peso de sustentar uma força que só existia por fora, enquanto por dentro o corpo pedia socorro. A terapia foi o lugar onde essa farsa começou a desmoronar e, junto dela, nasceu a possibilidade de uma vida menos sacrificada. Se você também se reconhece nesse papel de “forte”, talvez seja hora de se permitir outro jeito de existir.
Aline Andrade
Psicóloga Clínica




